Erro de empresa em montagem de válvulas causou vazamento na barragem de Jati, aponta perícia
30 de novembro de 2020
Após mais de 3 meses, o Ministério do Desenvolvimento Regional divulgou o relatório sobre o que provocou a ocorrência no equipamento localizado no Sul do Ceará.

Após mais de três meses do vazamento na tubulação de concreto da barragem de Jati, localizada no sul do Ceará, o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, divulgou, nesta terça-feira (1º) os resultados da perícia independenteque apurou as causas do rompimento. Conforme a perícia houve falha na montagem e operação das válvulas da barragem. Os erros são atribuídos pelo Governo Federal ao consórcio CMT/ FAHMA, responsável pela operação do equipamento, à época do incidente.
De acordo com o ministro, o documento “aponta que houve falha na montagem e no condicionamento de válvulas. A empresa contratada para fazer esse trabalho não procedeu de forma adequada. E essa falha é justamente a operação da válvula esférica. E essa operação não ocorreu de acordo com as normas e padrões determinados pelos fabricantes daquela peça. Há um cano que foi rompido que era justamente uma embrião de uma unidade de geração de energia. Havia uma válvula que controlava o fluxo de água e ela não foi colocada de maneira adequada, nem manuseada de acordo com as especificações do fabricante. Foi isso que acarretou o colapso do conduto”.
Ele reforça que houve uma sequência de falhas e um somatório de erros por parte do consórcio. E enfatiza que “descartamos qualquer possibilidade de sabotagem no duto”. Conforme o ministro, após a conclusão do que causou a ocorrência, o MDR abrirá um procedimento administrativo para calcular os danos e prejuízos provocados pelo vazamento. E deve acionar Advocacia Geral da União (AGU) para dar prosseguimento a ação.
O consórcio CMT/ FAHMA também será acionado para reparar os gastos. “Não descartamos a possibilidade de acionar judicialmente a empresa”, reforça o ministro.